29/03/24 10:49

" Sindicato dos Professores das Escolas Públicas Municipais de Barueri e Região. "

QUANTO VALE UM PROFESSOR EM
TABOÃO DA SERRA?

Como já era de se esperar, após a aprovação do abono salarial que varia entre R$ 100, R$ 150 e R$ 200 para alguns servidores, o prefeito Fernando Fernandes deu uma “banana” para os professores que depois de 20 dias de greve retornaram ao trabalho sem nada. É isso que o prefeito acha que os professores valem… NADA. Em assembleia realizada dia 25/06, na frente da prefeitura, os professores que resistiram bravamente durante 20 dias decidiram encerrar o movimento, já que a maioria dos colegas não aderiu à greve, enfraquecendo a luta. A categoria, contudo optou por manter o estado de greve, ou seja, continua em alerta para uma possível paralisação. Agora os professores querem garantir que os dias parados sejam pagos pela prefeitura, já que a greve não foi considerada ilegal. A greve do funcionalismo público durou 20 dias e foi a maior já realizada em Taboão, tanto em duração quanto na adesão dos servidores. Mas, nos últimos dias a greve se esvaziou, graças ao medo daqueles que preferiram continuar reclamando na sala dos professores, deixando os companheiros desamparados lutando pelos seus direitos. No mais recente fechamento da  Régis Bittencourt, poucos funcionários públicos participaram do ato. Durante a greve a categoria paralisou a Régis Bittencourt várias ocasiões. Numa delas manteve a rodovia fechada por mais de 3 horas em plena sexta-feira deixando o trânsito caótico em Taboão e até mesmo nas cidades vizinhas. Com a concessão do abono para algumas categorias foi necessário a encerrar a greve para evitar que o esvaziamento do movimento trouxesse mais prejuízos àqueles que estavam paralisados. O funcionalismo público de Taboão da Serra amarga 18 anos sem reajuste salarial. Por conta disso o reajuste era a principal reivindicação dos servidores que também pediam a implantação de vale transporte, vale alimentação compatível com o valor de uma cesta básica, revisão do plano de careira do magistério, devolução do quinquênio e sexta parte dos professores retirados em 2010, evolução horizontal e vertical imediata, licença para acompanhamento de terceiros, transformação das ADIs em PDIs (professor de desenvolvimento infantil), redução da jornada das ADEs (assistente de desenvolvimento escolar) para 6h sem redução de salário, redução da jornada das auxiliares de classe para 6h sem redução de salário e regularização da situação das mesmas que estão assumindo salas sozinhas, sobretudo nas EMIs e plano de saúde. Esta pauta continuará sendo fruto de luta no 2º semestre. O sindicato manterá a categoria mobilizada através de reuniões periódicas para traçar estratégia para enfrentar a intransigência do prefeito Fernando Fernandes. A guerra apenas começou e várias batalhas ainda serão travadas, inclusive na Justiça através de ações movidas pelo SIPROEM. Uma coisa ficou bem clara nessa paralisação. O prefeito Fernando Fernandes demonstrou que realmente é um ditador e um grande “mentiroso”. Fez de tudo para acabar com a paralisação. Excluiu as entidades de classe das negociações e deve estar “cantando vitória” enclausurado em seu gabinete. Aos professores resta o orgulho de ter enfrentado o ditador. Aos que se acovardaram diante da luta resta se curvar diante do chicote dos livres nomeados e não poderão dizer que não tiveram oportunidade de mudar o quadro vergonhoso a que são submetidos nas escolas. Aos companheiros de luta cabe a tarefa de fortalecer o seu sindicato, fazer parte do colegiado, frequentar as reuniões, participar das decisões demonstrando aos colegas temerosos de que somente a luta trará os dias melhores prometidos pelo prefeito. Os professores que fugiram à luta só uma certeza: não terão outra oportunidade para mudar a realidade da Educação em Taboão da Serra, pois para o prefeito os professores de Taboão da Serra continuarão sendo “NADA”.


Compartilhar:

admin